Um dos muitos problemas desencadeados pela sociedade de consumo é o
individualismo que cria. Os indivíduos gastam o maior parte da sua vida a
acumular rendimentos, pelo trabalho, para depois os gastarem no consumo
desenfreado de bens materiais. Nestas etapas, o individuo perde, quase
por completo, a noção comunitária.
Na ânsia de satisfazer cada vez mais as suas necessidades, e
frequentemente as ultrapassar, o individualismo torna-se palavra de
ordem, sendo "o outro" visto como um adversário directo, perdendo-se as
relações interpessoais.
A base da sociedade de consumo, é a criação no indivíduo de uma
necessidade para que este adquira um determinado bem a todo o custo,
mesmo que este não lhe seja indispensável. Essa necessidade é
apresentada como fundamental para que o indivíduo tenha a sensação de
pertença, de estima e de realização na sociedade onde se encontra
inserido.
Nesse contexto, cada novo produto vem preencher um vazio, vazio esse que
não existia alguns meses antes e que não era tido como essencial,
injetando uma sensação de felicidade, mas também criando uma nova
sensação de vazio perante outros produtos que ainda não foram
adquiridos.
Para manter níveis de satisfação elevados, os indivíduos são levados
pela publicidade a consumir produtos colocados no mercado a uma
velocidade desconcertante, tornando os que já temos desactualizados ou
obsoletos. O único momento de felicidade na compra de um qualquer
objecto, torna-se assim, sobretudo se for compulsivo, o momento da sua
compra.,
A solução não é ser-se extremista e deixar de consumir, voltando à idade
da pedra. O progresso realizado pelas nossas sociedades permitiu
aquirir objetos que simplificam muitas tarefas diárias. O que temos de
ter consciência é que a felicidade a longo prazo é constituída por
fontes que se perderam, como os encontros, as emoções, as alegras, as
dores, os medos, as descobertas.
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Os bens de consumo não nos fazem sentirmos-nos vivos, têm tendência a esvaziar o nosso caractere e a nossa humanidade.
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Os bens de consumo não nos fazem sentirmos-nos vivos, têm tendência a esvaziar o nosso caractere e a nossa humanidade.
Muito bom seu texto amada, conheci seu blog através do blog de um irmão muito querido. Espero voltar outras vezes, seu espaço é uma benção.
ResponderExcluirA propósito se não estiver seguindo o meu blog, deixo o convite. Com certeza seguirei de volta.
Em Cristo,
***Lucy**
Gostei do texto. É como diz Aline, da Cidade das Pirâmides, "Despertar sua consciência o torna pensante, lúcido, um DEUS em ação". Refletir faz bem! www.deolhonomundo.com Abraços.
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