terça-feira, 3 de maio de 2011

Beber água é fundamental, mas qual tipo consumir?


Qual a origem da água que você toma em casa? Da torneira ou mineral, vendida em galões? Quanto aos cuidados, qual a melhor forma de eliminar impurezas da água tratada? Filtrar ou ferver? A qualidade do produto reflete diretamente na saúde do consumidor. Por isso, é importante ficar atento e saber sobre a origem e a melhor forma de cuidar dessa substância essencial à vida.

O biólogo e diretor técnico da Bioagri Pedro Zagatto, explica que nem todas as águas são iguais: a oriunda de mina ou considerada “mineral”, por exemplo, que é engarrafa para venda, não passa por qualquer tipo de tratamento e possui menor diversidade de minerais do que aquela proveniente de rios e represas, que é captada e distribuída à população após tratamento. “A água mineral tem origem em uma fonte única, então pode apresentar baixa quantidade de elementos naturais, como cálcio e magnésio. Por isso, só pode ser comercializada se possuir sais minerais em quantidades mínimas estabelecidas por lei”, afirma.

Já a água de rio, possui, em sua maioria, composição homogênea, com alta diversidade de elementos naturais e essenciais, já que é enriquecida naturalmente pelos sais minerais retirados das rochas e sedimentos, ao longo do tempo, explica. Até chegar ao consumidor, a água passa por um longo processo de tratamento, que deve atender os padrões estabelecidos pela legislação. Entretanto, a rede de distribuição por onde passa a água tratada pode sofrer quebra e infiltração. Por isso, é importante que a água seja filtrada em casa.

De acordo com a nutricionista Fernanda Machado, a água ideal para ser consumida é a com pH em torno de 7 (neutra), sem gás e sem aditivos e, preferencialmente, com data de envase recente. Por essa razão é importante estar atenta a composição no rótulo de cada uma delas. “As águas industrializadas e envasadas podem conter aditivos químicos capazes de provocar algum tipo de indisposição no organismo. As águas gaseificadas, por exemplo, contêm dióxido de carbono, responsáveis pela dilatação do estômago e retardamento do esvaziamento gástrico e, consequentemente, gases e desconforto abdominal em algumas pessoas”, explica a nutricionista.

Ainda segundo a especialista, algumas águas disponíveis no mercado com classificações como alcalina e carbônica contêm bicarbonatos, citratos e fosfatos que são ingredientes que alteram o pH sanguíneo e promovem interação nutricional com outras substâncias, reduzindo a absorção de determinado nutriente. Já as aromatizadas contêm adoçantes ciclamato ou aspartame, que podem alterar a pressão arterial ou provocar dores de cabeça. Ou seja, tão importante quanto beber água é saber escolher qual tipo consumir, por isso, fiquem atentos!



E como tratar esta água em casa? Ferver pode eliminar micro-organismos, mas altera o sabor da água. Então, Zagatto recomenda o tradicional “filtro de barro”, feito de argila, que filtra as partículas, e de carvão, que retém substâncias orgânicas. Assim, é possível consumir um produto com mais qualidade e rico em sais minerais.

Mudança de hábitos
Até a década de 70, a população brasileira consumia, principalmente, água de torneira, filtrada por filtros de barro. A partir de então, em função da divulgação da qualidade das águas dos mananciais, que em sua maioria estão contaminados por esgoto doméstico e propiciam grandes florações de algas, que muitas vezes dão gosto e odor à água, a população passou a consumir água mineral (de galão/garrafa). Assim, criou-se um grande mercado de água mineral e o problema da poluição hídrica tornou-se de conhecimento popular.
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Fonte: R7             Postado por: ByPrila

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