quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ensinar os filhos em casa ganha força no Brasil e gera polêmica

Estimados leitores,o assunto em questão já passou por aqui e certamente sou franca em dizer que concordo plenamente com a ideia dos pais em questão.
Por outro lado reafirmo que respeito a opinião de todos, este blog de forma alguma tem o interesse em ditar o que é certo ou errado, cada pai e mãe é responsável pelo seu filho e sendo assim decide o que melhor lhe convém. Ok
Vamos ao artigo e sintam-se a vontade para expor seu ponto vista.
Pri :-)
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Uma nova batalha vem sendo travada dentro e especialmente fora das salas de aula do Brasil. A polêmica gira em torno da chamada educação domiciliar, em que famílias optam por ensinar seus filhos na própria casa e não na escola.

De um lado da trincheira estão pais que defendem o direito de eles próprios - e não o Estado - decidirem como e onde os filhos serão educados. Ao se dizerem insatisfeitos com o sistema educacional do país, eles mostram aprovações dos filhos em exames como o Enem para corroborar a eficácia da educação domiciliar.
No outro lado da disputa estão o governo e alguns juristas alegando que tirar uma criança da escola é ilegal, além de alguns educadores, que criticam a proposta, especialmente com argumento de que essa prática colocaria as crianças em uma bolha.

Mais sedimentado em países como os Estados Unidos, o homeschooling (como também é conhecido pela expressão em inglês) vem ganhando fôlego no Brasil. Segundo a Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), há mil famílias associadas no grupo. Mas Ricardo Iene, cofundador do órgão, calcula que, pela quantidade de e-mails que recebe, sejam mais de 2 mil famílias educando seus filhos em casa no Brasil.

Clique Leia mais: Educação domiciliar cresce nos EUA

O movimento também está conquistando espaço na esfera política. No próximo dia 12, haverá uma audiência pública em Brasília para discutir o tema, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Na pauta, estará também o Projeto de Lei (PL) do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que autoriza o ensino domiciliar.

Advogados da Aned veem na própria Constituição brechas que defendem o direito da família de educar seus filhos (veja box), mas a associação acredita que uma lei específica daria mais segurança aos pais que optam por esta modalidade de ensino.

Por que em casa?

"Quando meu filho tinha 7 anos, um garoto da escola, que tinha 10 anos, batia nele e o perseguia por causa do nosso sotaque baiano", conta Ricardo Iene, cofundador da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), que é natural da Bahia, mas mora em Belo Horizonte (MG) há cinco anos. "Também havia um garoto que ficava assediando milha filha."

Ricardo tirou os filhos Guilherme e Lorena da escola por estarem sofrendo bullying
"Fui várias vezes na escola, reclamar, conversar, tentar resolver esses problemas. Mas nunca adiantou."
O bullying foi um dos motivos que, há três anos, influenciou Ricardo a tirar da escola, Guilherme, de 13 anos, e Lorena, de 15 anos. Mas certamente não foi a única motivação. Tanto para o publicitário que vive em BH como para outros pais ouvidos pela BBC, é sempre um conjunto de fatores que o impulsionam a tomar essa decisão.
Mas um deles parece estar sempre presente: o desejo de estar mais envolvidos e presentes na criação dos filhos.
Clique Leia mais: Mães relatam rotina de ensino domiciliar em apartamento de SP
"Vemos crianças hoje em dia que entram na escola às 7 da manhã e ficam até bem depois das 17h ou 18h, porque elas ficam fazem balé, natação e várias outras atividades. Além da agenda cheia como a de um adulto dessas crianças, mal sobra tempo para o convívio familiar", diz M.L.C, mãe de 4 filhos, todos em homeschool, que não quis se identificar por temor de ser denunciada.

Limbo jurídico

Se, no campo da educação, há uma disputa de argumentos pró e contra o homeschool, na campo jurídico ela é ainda mais acirrada.
O governo afirma que a prática é ilegal. Consultado pela BBC, o Ministério da Educação respondeu: "O MEC entende que a proposta de ensino domiciliar não apresenta amparo legal, ferindo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a LBD (Lei de Diretrizes Básicas) e a própria Constituição Federal."
De acordo com a LDB, "é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos." O ECA afirma que "pais e responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino". E o artigo 246 do Código Penal traz detalhes do que chama de abandono e intelectual, para os casos de quem deixa de prover instrução.
No entanto, advogados de famílias que praticam educação domiciliar citam interpretações na lei e lacunas jurídicas que, segundo eles, tiram a prática da ilegalidade.
"Segundo a Constituição, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família", diz Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned. "Então, o que está na Constituição se sobrepõe sobre o ECA e a LDB. Portanto, se os pais têm o dever de prover educação, têm soberania e liberdade para poderem escolher entre delegar a instrução para uma escola ou eles próprios se incumbirem disso."
Esse limbo jurídico também é reforçado por exames como o Encceja (Ensino Fundamental) e o Enem (Ensino Médio), que certifica alunos que completarem um determinada pontuação mesmo se não apresentarem diplomas das escolas. Algo que, para Alexandre, seria um aval para a educação domiciliar.
Ricardo também sentia falta do envolvimento de outros pais quando frequentava as reuniões na escola dos filhos, tanto das instituições públicas como das particulares. "Muitos pais nem participavam. E aí, ficava ainda mais difícil melhorar a situação da escola."
Outro ponto que impulsionou o publicitário e outras famílias a optarem pelo homeschool é o fato de não concordarem com alguns valores morais passados na escola. Ricardo diz que ele e outros associados da Aned costumam se incomodar especialmente com a abordagem de temas como sexo e homossexualidade.

Vivendo em uma bolha?

Mas se do lado dos pais praticantes da educação domiciliar só se ouve elogios do tipo "agora meu filho aprende e não apenas decora", do lado dos educadores, o que se vem são dúvidas e críticas. Muitas críticas.
"Se os pais estão insatisfeitos com a escola, há muitas outras alternativas antes de se colocar o filho em uma bolha", afirma a educadora Silvia Colello, professora de Psicologia da Educação e outras disciplinas da Faculdade de Educação da USP.
"Além do mais, qual a lição subliminar que se está passando ao filho ao tirá-lo da escola? Certamente algo como, diante de um problema, basta resolver apenas a minha parte, salvar a própria pele, e o resto que se dane."
Para a educadora, os pais também erram ao acreditarem que com educação domiciliar estão protegendo seus filhos, por estarem em um ambiente amigável, sem bullying, sem competição. "Infelizmente, a vida não é assim. Mais cedo ou mais tarde, essa criança vai se deparar com a realidade. Vai começar em um emprego, por exemplo, onde há competição, bullying, tudo isso."
Silvia também cita a importância da escola não apenas pelo conteúdo, mas também pela convivência que se tem com outras pessoas e o aprendizado que se tem com isso, seja na hora de se aprender a lidar com o outro, de aprender com os colegas, comparar seus trabalhos e até mesmo de lidar com brigas e desentendimentos. "Toda essa vivência é tão importante quanto português, matemática ou história", diz a educadora.
Os homeschoolers, no entanto, dizem que as crianças não vivem em uma bolha e têm essa convivência ao encontrarem amigos no clube, na praça, na igreja ou na casa deles e ao frequentarem atividades, como natação, fotografia e judô.
"Acho contraditório", afirma a educadora. "Se o problema é a perseguição na escola, não tem bullying na aula de natação?"

'Luta de todos'

A educadora Maria Celi Chaves Vasconcelos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aponta um outro problema na prática da educação domiciliar no Brasil de hoje: a falta de fiscalização do Estado. Algo que foi reforçado durante a pesquisa para seu pós-doutorado, sobre o homeschooling e suas implicações hoje tanto no Brasil como em Portugal.
"Diferentemente dos portugueses, que já conseguiram colocar todas as suas crianças na escola, nós ainda estamos caminhando para isso. Então, no momento, seria difícil conciliar sistemas diferentes de educação", diz.
"Como o governo conseguiria fiscalizar as crianças em educação domiciliar se ainda não faz isso de maneira satisfatória nem com as próprias escolas públicas?" Segundo ela, em Portugal, as crianças em homeschools são registradas nós órgãos regionais e as autoridades fazem um acompanhamento da educação delas.
Ela vê aspectos positivos no método, como ensinamentos passados não apenas em salas de aula, mas também em locais como museus e planetários. E acredita que escolha dos pais em relação à educação dos filhos seja algo inevitável no futuro, quando o Brasil atingir suas metas educacionais.
Enquanto isso, Silvia, a educadora da USP, também defende que essa opção é prejudicial ao projeto de educação do país como um todo.
"É claro que a ensino no Brasil ainda está bem aquém do esperado, mas é preciso se ter uma frente de luta e não de alienação. E essa luta não é só do Estado, mas também das escolas, dos pais, dos professores e de toda a sociedade."


Fonte: bbcbrasil

domingo, 3 de novembro de 2013

Unicamp cria método que analisa danos dos xampus aos cabelos


 Metodologia para medir os danos causados aos cabelos por substâncias presentes em produtos é criada na Unicamp e pode ajudar a indústria a melhorar processo de fabricação


Vaidade em excesso também pode danificar os cabelos

Metodologia consiste em expor mechas de cabelo em frascos contendo cada tensoativo por 96 horas



A maioria das mulheres e, no contexto atual da sociedade, homens também, preocupam-se consideravelmente com os cabelos. Para manter o visual aprumado, as madeixas são tratadas à base de diversos produtos químicos que, se não usados com parcimônia, podem prejudicar em demasia os fios no futuro. Pensando numa cabeleira saudável, o químico Rafael Pires de Oliveira desenvolveu uma metodologia que calcula os danos causados por substâncias tensoativas presentes em fórmulas de variados cosméticos, especialmente xampus, dos mais baratos aos de marcas luxuosas.

A dissertação de mestrado do pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob o título "Degradação de cabelo causada por tensoativos: quantificação por meio da análise das soluções de lavagem por espectrofotometria UV-VIS", avalia os surfactantes, moléculas que têm atividade detergente, responsáveis pela limpeza dos cabelos, e o seu poder em provocar perda de proteínas e de melanina, substâncias de grande importância para a manutenção dos fios, que são fibra natural composta de quatro principais camadas diretamente atingidas por substâncias danosas. Cutícula e córtex são as áreas mais afetadas. A primeira é a parte mais externa do fio, enquanto a segunda reúne macrofibrilas de queratina – proteína fibrosa composta por aminoácidos.
Rafael Oliveira pegou mechas de cabelos embebeu-as em soluções de tensoativos e usou sistema de lavagem por espectrofotometria

A principal motivação para o estudo foi um pedido de uma indústria específica da área. "Uma empresa do setor de cuidados pessoais nos procurou para saber se era possível desenvolver uma metodologia mais prática para quantificar e comparar os danos aos cabelos gerados em longo prazo pelo uso de xampus com diferentes tensoativos", comenta Rafael Oliveira. Ele já havia realizado trabalhos de pesquisa com os fios, e aceitou o desafio de se aprofundar no tema. "Meu estudo visou analisar e quantificar os danos gerados por diferentes substâncias tensoativas usadas em xampus", diz.

O químico analisou 16 surfactantes. Sua metodologia consistiu em expor mechas de cabelo em frascos contendo cada um dos tensoativos por 96 horas. Ao final desse período, o cientista observou o líquido de cada um dos frascos utilizando um espectrofotômetro – aparelho que é capaz de quantificar substâncias de acordo com a absorção de luz característica das mesmas. A partir de tal leitura foi possível ter noção da extensão dos danos aos cabelos provocados pelos tensoativos.

"Para quantificar o grau de degradação de um tensoativo, uma amostra de cabelo castanho escuro foi colocada em contato com uma solução do tensoativo e deixada por um longo tempo a 38°C, que é a temperatura média da água do banho", diz o pesquisador. Contudo, Oliveira ressalta que o tempo prolongado de contato dos cabelos com os surfactantes procurou igualar-se a um resultado cumulativo, que extrapolasse os efeitos dos tensoativos na fibra capilar. Para detectar o quão degradante era a ação de cada substância, partiu-se da medida quantitativa de cor na solução do tensoativo no qual o cabelo estava em contato.

Nos resultados, Rafael observou que "os tensoativos que mais agridem os cabelos são os aniônicos, entre eles o lauril éter sulfato de sódio, que está presente na maioria das formulações de xampu do mercado, independentemente do valor do produto". A pesquisa concluiu que todos os surfactantes causam danos aos cabelos (uns mais e outros menos), provocando ressecamento dos fios e tornando-os mais quebradiços, principalmente nas pontas. "Como esperado, tanto os tensoativos quanto a água causam degradação da fibra capilar, desde a remoção de fragmentos de cutícula até a extração de melanina do córtex e de material proteico", explica.

Em suas observações, o pesquisador notou um grau de degradação da fibra capilar que varia de acordo com o índice HLB dos tensoativos. "Esse índice, chamado balança hidrófilo-lipófilo (HLB), está presente em tensoativos aniônicos, que extraem em maior quantidade ou mais rapidamente as substâncias do cabelo (sujidades, gordura, poeira etc.). Já os tensoativos anfotéricos, que têm menor força detergente, degradam menos os fios", acrescenta.

Os tensoativos não iônicos, segundo Rafael Oliveira, podem atingir o cabelo na mesma intensidade, ou ainda menor, que a água. Mas são usados, geralmente, como agentes de consistência, normalmente usado em condicionadores capilares e cremes diversos.
Os tensoativos que mais agridem os cabelos são os aniônicos, entre eles o lauril éter sulfato de sódio, que está presente na maioria das formulações de xampu do mercado, independentemente do valor do produto

Tensoativos
Sendo assim, segundo Oliveira, a indústria poderá escolher os tensoativos menos danosos. "O método que desenvolvi pode ser incorporado às práticas de pesquisa dentro das empresas, possibilitando a avaliação e quantificação de danos que as substâncias tensoativos causam nos cabelos", frisa. Ademais, surfactantes menos nocivos podem ser incluídos na formulação dos xampus, que não necessitarão de tamanha quantidade de componentes condicionadores, "que conferem o aspecto dito saudável do cabelo".

Oliveira comenta que a indústria faz constantes estudos sobre a utilização de várias fórmulas em seus produtos. No entanto, como não há a publicação em periódicos científicos, na maioria das vezes não ocorre a validação das pesquisas por outros cientistas. "Em geral, as indústrias do setor cosmético requerem patentes das formulações para proteger as suas pesquisas em vez de publicá-las. Além disso, poucas empresas desse setor têm laboratórios de pesquisa científica alocados no Brasil", afirma. Segundo o pesquisador, o desenvolvimento científico advém de laboratórios localizados nos Estados Unidos e na Europa, onde se encontram as matrizes das multinacionais.

Quanto à segurança, Rafael Oliveira garante que as indústrias não usam quaisquer componentes que sejam prejudiciais à saúde dos usuários e seguem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar de causarem danos aos cabelos, os tensoativos utilizados são seguros à saúde, conforme as orientações da Anvisa. "Um bom xampu é aquele que melhora o aspecto dos cabelos do consumidor", exalta o pesquisador da Unicamp.

















































quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Todo mundo sabia, menos o Kassab

Ora ora,já não basta sabermos de toda a ladroagem que diariamente faz parte da rotina dos nossos Políticos e etc,agora nos deparamos com mais este fato que nos deixa indignados com tamanha falta de vergonha na cara dessa turma de mentirosos e aproveitadores. O texto é do Marco Antonio Araújo, e reflete bem meu ponto de vista quanto ao assunto em questão.
Pri


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 Todo mundo sabia, menos o Kassab
 Por: Marco Antonio Araujo

Quem procura acha. E encontrar funcionários corruptos na prefeitura de São Paulo é bem mais fácil do que aumentar o IPTU.  Isso ficou provado com a divulgação do esquema milionário de corrupção na administração municipal. É aterrador perceber a facilidade com que a cúpula da Secretaria de Finanças da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) permitiu que fosse desviado dos cofres públicos um valor que pode chegar a R$ 500 milhões.

Se somarmos esse escândalo ao famoso esquema (já desbaratado pelo Ministério Público) que, mediante comprovadas propinas, embolsou outros milhões de reais por meio da emissão ilegal de alvarás para obras em shoppings, podemos afirmar que o ex-prefeito entrará para a história da cidade como aquele que permitiu operar o maior esquema de ladroagem de que já tivemos notícia.
Kassab, evidentemente, diz que nada sabia.

 Se não estiver mentindo, nos sobra desconfiar que o ex-prefeito estava cercado de auxiliares desonestos — e não percebeu, coitado. Mesmo que tudo tenha acontecido bem debaixo do seu nariz. Descuidado, ele, não? Ingênuo, displicente, desatento, burro? Os adjetivos só pioram, quanto mais pensamos na facilidade com que, em pouco tempo, a atual administração encaminhou as investigações, documentou as falcatruas, identificou alguns dos ladrões e abriu inquérito para reaver o dinheiro e colocar esse bando na cadeia.

E olha que Haddad não promoveu nenhuma devassa. Apenas permitiu que a Controladoria do município fizesse seu trabalho, em operação conjunta com o Ministério Público. Mais de 100 empreendimentos na cidade de São Paulo serão averiguados nos próximos meses. Dá pra imaginar o tamanho da caixa-preta que estão abrindo.

Todos sabem que São Paulo é governada por máfias poderosíssimas: dos ônibus, do lixo, da especulação imobiliária, das empreiteiras, dos fiscais, entre outras. Todos sabem. Menos o ex-prefeito Gilberto Kassab. Coitado.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Nara Leão - O Barquinho

Dia de luz, festa de sol E o barquinho a deslizar No macio azul do mar Tudo é verão, o amor se faz No barquinho pelo mar Que desliza sem parar Sem intenção, nossa canção Vai saindo desse mar E o sol Beija o barco e luz Dias tão azuis Volta do mar, desmaia o sol E o barquinho a deslizar E a vontade de cantar Céu tão azul, ilhas do sul E o barquinho, coração Deslizando na canção Tudo isso é paz Tudo isso traz Uma calma de verão E então O barquinho vai E a tardinha cai

domingo, 27 de outubro de 2013

Após diagnóstico errado de bipolaridade, Cássia Kis tenta largar remédios

Estimados Leitores, após uma pausa aqui estou novamente. Por mais que eu queira não consigo afasta-me completamente deste mundo virtual a sede de informações  não me permite largar de mão tudo isso. Sei que este é apenas mais um blog em meio a tantos outros,mas ainda assim vou adiante.
Mais uma vez meu muito Obrigado a todos vocês que diariamente passam por aqui!

A postagem a seguir é sobre uma atriz muito conhecida pra quem sempre acompanha as novelas brasileiras. Em recente entrevista ela relata a luta que está tentando para conseguir largar os remédios que lhe foram receitados em um diagnóstico errado. Ao termino da leitura a única pergunta que me veio a mente foi: Quantos casos assim existe. Tenho certeza que você meu caro leitor(a) também conhece alguém ou tem no seu seio familiar alguém que passa por este mesmo problema.
E só pra constar eu também tenho um membro na família que levou quase cinco anos pra se livrar de um remédio e olha posso afirmar que é desesperador,os efeitos colaterais deixam a pessoa pior do que a própria doença.
É isso o que as industrias farmacêuticas em associação com os médicos fazem, te deixam dependente e lucram com o seu sofrimento. E ainda dizem que eu sou doida,rsrsrsrsr.
Boa Leitura!
Pri
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Após diagnóstico errado de bipolaridade, Cássia Kis tenta largar remédios

Há oito anos, no consultório de um psiquiatra, foi diagnosticada com transtorno bipolar. Começou a tomar três remédios. "Um que te nocauteia, te faz dormir 15 horas por dia; um que te levanta um pouquinho. E outro que te faz sorrir. Daí, lógico que eu melhorei. Você vira um pássaro, só falta voar."
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Ao assumir publicamente a bipolaridade, começou a receber convites para estrelar campanhas publicitárias. "Fui convidada por entidades de psiquiatria e fabricantes de remédios. Eu sacaneei. Pedi R$ 3 milhões. As farmácias são trilhardárias. Se eu for vender isso, vão ganhar R$ 200 milhões. Essa indústria é f.. O medicamento que eu tomo é caríssimo."
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Virou referência, uma espécie de confessionário para os bipolares que queriam dividir suas experiências. "Eu via as pessoas que se aproximavam de mim e pensava: eu sou assim? Não, eu não sou!" Cinco anos depois de conviver com a ideia de que tinha o transtorno, procurou outro psiquiatra. Que garantiu: ela não era bipolar. Não precisava de medicação controlada.
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"Tive um diagnóstico errado, feio. Os médicos fazem uma cirurgia falando da 'trepada' que deram no dia anterior, que 'comeram' a enfermeira. Esquecem espuma, instrumento dentro de você, porque ficam voando. É muito grave eu sair de uma consulta com três receitas. Quem vai pagar o dano? São bulas enormes, dobradas em mil."
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A atriz está agora escrevendo uma autobiografia. Nela, relatará as consequências do equívoco médico.
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Ainda hoje tenta se livrar de remédios. A meditação é a aliada sugerida pela atual psiquiatra, que a auxilia a diminuir as doses de medicação. "Sentando a bunda meia hora de manhã e à noite, tiro qualquer remédio barra pesada. Meditação cura tudo."
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No ano passado, outra crise: dez dias antes do início das gravações, ela desistiu de interpretar a enfermeira Ordália, de "Amor à Vida", papel que Eliane Giardini acabou assumindo. "Eu não tinha condição emocional, não podia trabalhar naquele momento. Meu único caminho foi me recolher."
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As informações de que teve desentendimentos com o autor da trama, Walcyr Carrasco, e a atriz Susana Vieira são falsas, diz. "Sou funcionária da Globo. Se me chamarem para assobiar e chupar cana, eu vou. Mas, pela primeira vez em 30 anos, senti que não ia dar conta. Uma hora ia dar uma m.. Era melhor sair antes de começar."
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Cássia guarda as minúcias para o livro, que planeja lançar até 2015. "Não vou te contar tudo, tá louca? Eu quero é vender biografia."
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Num passeio em uma livraria, comprou "As Quatro Nobres Verdades do Budismo" e deu de presente para a repórter. "Meu marido [o psicanalista João Magro], que é o salvador da pátria, me deu esse livro. Foi a minha luz."
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Adotou dieta saudável quando percebeu, aos 15 anos, que arroz integral colocava seu intestino em pleno funcionamento. Já testou dietas e jejuns e hoje acredita na cura pela alimentação. Mas sem radicalizar. Até comeu pão no almoço, por exemplo.
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Nunca fez plástica. "Você vai tirar pelanca do olho. Quem te garante que não vai ficar de olho aberto, sem fechar nunca mais? Prefiro rugas do que a orelha fora do lugar. Por que não se discute isso? Porque tudo é mercado."
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Interpretou Maria, mãe de Jesus, na Jornada Mundial da Juventude. "Foi uma polêmica do cão, os jovens me perguntavam: 'Você é católica?', 'Quem é você para viver Maria?'. Acabei me considerando muito mais católica que muita gente que tava ali."
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Cássia Kis, 55, interrompeu uma gravidez aos 30 anos. Hoje, integra o movimento católico Pró-Vida, radicalmente contra a descriminalização do aborto. "Carrego não uma culpa, mas a história de uma vida que eu tirei. Sou dona do meu destino, mas não posso ser dona do destino de outro ser." Participa de passeatas ao lado de Elba Ramalho.
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Mãe de quatro filhos --de 9, 11, 16 e 18 anos-- de dois casamentos anteriores, faz questão de reunir todos à mesa para o jantar. "Cuidar talvez seja a palavra mais importante da minha vida. Aprendi sobretudo depois de me casar com o João. Ele pegou esse verbo e fez assim, ó [como se marca gado], na minha pele."
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"Se existe uma guerra de verdade, é dentro da família. Filho matando mãe, mãe matando filho. É a historia da humanidade", afirma, ao falar dos projetos profissionais para os próximos anos, todos sobre dilemas familiares. Em março, estreia a peça "Deus Salve a Rainha", no Rio. E, no ano que vem, atuará no longa "Juliano Pavollini", dirigido por Caio Blat.
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Uma vez por semana, os filhos dormem em seu quarto. "Todo mundo puxa o colchão, parece um acampamento." O caçula, que mamou até os quatro anos, ainda tem mimo especial: é levado até lá no colo de Cássia.
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Está levando a mãe, Piedade, com quem deixou de conviver aos 15, quando saiu de casa, para morar com ela. "Fiz uma suíte com tanto amor. Moro numa casa bárbara, em frente à praia." Preparou o 
cenário e vislumbra as melhores cenas. "Ela vai ter os netos por perto. Vou poder dizer pra meus filhos: 'Maria, vá dar o 'remedinho' pra sua avó'; 'Joaquim, prepara o mingau dela'."

Fonte: FOLHA

sábado, 28 de setembro de 2013

O culto da incultura

Escrito por Cesar Alberto Ranquetat Júnior

 
Maman”, escultura da artista plástica Louise Bourgeois, feita em bronze e instalada na parte exterior do Museu Guggenheim Bilbao, na cidade de Bilbao, Espanha.


 Bárbaros intramuros… É mister apontá-los, e apontá-los até dentro de nós, porque em nossos momentos de fraqueza e desfalecimento somos bárbaros também. (Mário Ferreira dos Santos – A invasão vertical dos bárbaros).
 
Para além dos problemas sociais, econômicos e políticos que assolam a sociedade brasileira, talvez o mais grave seja a extrema e terrificante degradação cultural que impera nos mais diversos âmbitos da vida coletiva. É ela que está na raiz de nossas patologias e de nossa desordem social e política. Presenciamos o total aniquilamento da alta cultura. Dissemina-se por toda parte uma falsa cultura massificada, superficial, mero entretenimento e diversão que não eleva o espírito humano.

Somos bombardeados diariamente por programas televisivos mórbidos e vulgares, por músicas de péssima qualidade, assim como por revistas e jornais que estimulam, por meio de suas notícias e reportagens, os aspectos mais baixos, e perversos da existência. Além disso, no ambiente dito intelectual pululam as análises sociais e políticas superficiais, rasteiras e por demais ideologizadas. Pseudo-intelectuais, “filodoxos”, perdem-se no vício do abstratismo e do pedantismo, incapazes, assim, de examinar e compreender com clareza e objetividade a realidade de nosso tempo. Prolifera uma subliteratura marcada pela exploração de temáticas insípidas, medíocres, que exprime unicamente as dimensões mais abjetas e vis da personalidade humana.  No cinema e nas artes plásticas exalta-se o feio, o bizarro, o disforme e o grotesco.

Há algumas décadas, tínhamos nas ciências humanas e sociais intelectuais de peso como Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda. Na filosofia, Miguel Reale, Vicente Ferreira da Silva, Mário Ferreira dos Santos e Henrique de Lima Vaz. Na literatura Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e tantos outros. Na poesia, Manuel Bandeira, Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade. No cinema, Glauber Rocha. Poderia citar aqui muitos outros artistas e pensadores de vulto. O fato é que hoje nossa cultura está esvaziada, empobrecida  e doente. Quem são atualmente nossos grandes escritores, intelectuais, poetas, cantores e artistas? Onde encontram-se os romancistas e artistas capazes de exprimir por meio da linguagem poética e ficcional o que há de belo e nobre na vida humana?

A cultura não é um ornamento, um mero adorno estético, a “cereja do bolo”, mas é ela a alma de uma sociedade, a bússola que orienta a vida dos indivíduos e das coletividades. Conforme a lição do filósofo Ortega y Gasset, a cultura é o plano da vida, o guia de caminhos pela selva da existência. É o conjunto de idéias, crenças e valores que salva do naufrágio vital, permitindo o homem viver sem que sua vida seja uma tragédia sem sentido. Uma sociedade ou um indivíduo inculto não vive uma vida plenamente humana, não vive uma vida significativa, apenas sobrevive satisfazendo suas necessidades físicas básicas. 

É a cultura que dá à vida individual e coletiva um sentido mais elevado, possibilitando que, não obstante nossas limitações, tenhamos acesso ao mundo das idéias, dos valores, das tradições e dos símbolos de conteúdo universal e supra-temporal.

Ora, é a cultura que refina a sensibilidade e a nossa visão do mundo, aperfeiçoa a mente e a imaginação, emancipando o homem do imediatismo. O homem dotado de cultura distancia-se do provincianismo, alça vôos mais altos, transcende os pontos de vista de seu tempo e de sua época. Entra em contato com um complexo de idéias perenes e imorredouras, com as “coisas permanentes” como asseverava o poeta e crítico literário T. S. Eliot. Conhecimentos permanentes que não são elucubração estéril, mas tesouros intelectuais que enriquecem e estruturam a personalidade humana, dando a ela maior amplitude, profundidade e densidade.

Precisamos nos libertar do culto da incultura, da valorização da fealdade, da exaltação do lado sombrio, irracional, mesquinho e sórdido da existência que vem devastando a sociedade brasileira. Caso não realizemos a indispensável e iminente tarefa de soerguimento cultural de nossa nação, condenaremos as próximas gerações à barbárie, a viver uma vida de zumbis, estupidificados e lobotomizados em decorrência de um ambiente social hostil à beleza e à verdade.

Dize-me com quem andas...

Escrito por Percival Puggina 




A despeito do fingimento da mídia brasileira, os órgãos de segurança dos EUA estão perfeitamente a par de tudo. Sabem que o partido que nos governa integra o Foro de São Paulo.


Não ouvi a fala da presidente Dilma na ONU. Espero que não tenha iniciado o discurso com aquele seu horroroso refrão: "Eu queria dizer para vocês...". Aliás, é inacreditável que nenhum assessor ainda lhe tenha dito que se ela está de pé, se tem a intenção de falar, se está com o microfone na mão... basta falar. Não precisa dizer que quer dizer. Isso a gente já sabe.

Pois bem, não ouvi o discurso, mas li a respeito. Pelo resumo do que li, a presidente puxou as orelhas de Obama em virtude da espionagem que a ANS vem fazendo na nossa privacidade. E soube, também, que Obama, no seu turno de falar, puxou as dela com seu silêncio sobre o assunto. Por outro lado, assisti o inteiro relato que o ministro José Eduardo Cardozo fez durante a audiência pública a que foi convidado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira.

Segundo contou, já ocorreram as duas reuniões que haviam sido acertadas entre Brasil e EUA. A primeira delas, de natureza técnica, foi inteiramente inútil porque quando os técnicos brasileiros perguntavam sobre o que foi feito e como foi feito, os norte-americanos afirmavam que eram questões de segurança interna que não podiam ser reveladas. A reunião política, posterior, à qual o próprio ministro compareceu, começou e terminou com evasivas e lero-lero tipo "vamos tomar providências" e "voltaremos a conversar sobre esse assunto", etc. e tal. Para usar com propriedade uma palavra da moda - "enrolation".
         
Ficou evidente que o governo norte-americano não têm a menor intenção de conversar sobre sua bisbilhotice e que Dona Dilma, com o alvoroço que causou, acabou se enfiando numa saia justa. Descobriu, talvez, que os EUA não são como o Brasil. Ela falou para surdos, engrossou o tom contra quem não lhe deu atenção. O silêncio de Obama e a falta de repercussão de suas palavras no plenário foram uma lição para a vida. Agora, só lhe resta queixar-se a Bento XVI que no papa Francisco ela já deu uma canseira.

Essa espionagem, vista na perspectiva dos interesses brasileiros, é uma violência e um profundo desrespeito à nossa soberania e aos bons costumes nas relações entre os Estados nacionais. No entanto, a espionagem é um mau costume que integra de modo permanente a história dos povos. Tolo é quem se deixa surpreender e não se prepara para evitá-la. A contra-espionagem está para espionagem assim como a polícia está para o bandido.

Na perspectiva norte-americana, a situação se apresenta de modo diferente. O partido que hegemoniza o poder no Brasil integra o Foro de São Paulo (FSP), organismo político que articula a esquerda continental, embora a imprensa brasileira teime em fazer de conta que não existe. Nossa imprensa sabe, perfeitamente, que esse poderoso órgão, "criado para restabelecer na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu", se reúne uma vez por ano para definir objetivos e estratégias. Sabe que os membros do FSP, partindo do zero em 1991, já governam 16 países do continente. Mas o nosso jornalismo não se interessa pela organização nem quando seus membros se reúnem em São Paulo. A imprensa sabe, mas faz questão de que você, leitor, não saiba.

A despeito do fingimento da mídia brasileira, os órgãos de segurança dos EUA estão perfeitamente a par de tudo. Sabem que o partido que nos governa integra o FSP. Sabe que Lula foi seu fundador, junto com Fidel Castro. Sabe que entre partidos organizados, socialistas e comunistas, também participam do Foro grupos guerrilheiros como o MIR chileno e as FARC colombianas. Sabe o quanto as convicções políticas de todo o grupo são anti-americanas. Reconhecem o peso do Brasil no contexto regional e sabem que o governo brasileiro não consegue esconder sua simpatia e afeição a quem quer que, na cena política mundial, se revele adversário dos EUA, em especial os atuais governos de Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Peru, Nicarágua, Argentina, Uruguai, Irã e Palestina. Será preciso mais para motivar os ianques, especialmente em tempos nos quais o país se percebe vulnerável dentro do próprio território? Se o governo brasileiro não quiser ser espionado, que se acautele. Afinal, até eu gostaria de saber o que eles andam tramando.

sábado, 31 de agosto de 2013

Escravo é quem tem direito à saúde e não tem médico para exercitá-lo

Estimados leitores, o texto abaixo  reflete minha visão com relação a toda está tempestade que está em torno dos médicos cubanos. Temos muitos médicos aqui no Brasil, temos também muitos postos de trabalho, porém um dos principais ponto em questão é o fato de que nossos médicos escolhem demais  e praticam medicina de menos. A qualidade do atendimento não acompanha a exigência de um bom salario.É fato que falta sim infra-estrutura para ajudar na qualidade do atendimento ao paciente mas isso não justifica a palhaçada da classe médica brasileira. E falo isso não somente por conta das inumeras vezes em que busquei atendimento para mim e para os meus e não obtive, não somente por conta dos erros grosseiros que vemos nos noticiarios frequentemente levando a óbitos tantos pacientes, não somente por ter um hospital a 15 minutos da minha casa mas não tem Médicos.
Não é somente por isso, é por tudo isso e um pouco mais...
 Destaque para a frase no fim do artigo,simples e direta. 

Pri
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Por: Marcelo Semer
A repulsa dos médicos brasileiros a vinda de cubanos para atuar em cidades do interior é uma espécie de reserva de não-mercado.

É mais ou menos como a TV quando compra a exclusividade de um jogo e não transmite. Nem permite que outros canais transmitam.

Os médicos brasileiros não querem trabalhar nas localidades mais distantes ou com menos estrutura. Mas querem impedir que outros o façam em seu lugar.

O grave do problema é que isso não se trata de um amistoso da seleção ou um jogo da Libertadores. É a saúde das populações mais pobres que está em permanente risco. E a dignidade da pessoa humana, fundamento da República, não se submete a esse tipo de abuso de poder.

O direito à vida ou a saúde não pode ser sufocado pela onda de preconceitos, nem ficar refém de corporativismos. O estado democrático de direito é antropocêntrico e não admite recompensa pelo egoísmo.

Para criticar a vinda de cubanos, de tudo um pouco já se ouviu.

Que os profissionais são de baixa qualidade, que parecem domésticas, que o espanhol caribenho é difícil de entender. Os médicos cubanos ora são hostilizados por serem agentes disfarçados da guerrilha comunista ora por serem escravizados pela ditadura.

Os argumentos não se sustentam em pé, porque na verdade só existem na aparência.
Escondem a volúpia pela exclusividade, a proteção ao direito de não atender. Do lado da imprensa, uma indisfarçável torcida pelo fracasso, com receio, que melhor caberia aos partidos políticos, de um possível uso eleitoral de bons resultados.

Escassez de Hipócrates nesse excesso de hipocrisia.
Se os brasileiros estivessem dispostos a trabalhar nas localidades em que faltam médicos, coincidentemente as de menor IDH do país, nenhum estrangeiro teria sido convocado a atuar nessa medicina sem fronteiras.

Mas os representantes dos médicos brasileiros optaram por serem eles mesmos as fronteiras.
Parte considerável dos cubanos tem perfil internacionalista e já exerceu a profissão em países estrangeiros e em situações de pouca ou nenhuma estrutura, como na África. É provável até que tenham mais experiência em tratar o pobre do que a maioria de seus críticos locais.

Na imprensa, os que mais se rebelam contra o sistema adotado na parceria são justamente aqueles que vêm sustentando, há tempos, os benefícios da terceirização.
Com a agravante de que neste caso, não existe o empregador inescrupuloso que opta por ela para fugir a altos salários ou obrigações trabalhistas. Afinal, a ganância capitalista sempre comoveu pouco na mídia.

É o caso de refletir seriamente se nós estamos em condições de regular a forma como Cuba remunera os médicos que fizerem parte do acordo, dado que as premissas econômicas dos dois países são bem distintas. Quem sabe não chegamos a conclusão que devemos pagar mais a eles, ao invés de repeli-los.

De qualquer forma, a acusação de trabalho escravo é simplesmente grotesca. Não há serviço forçado e tampouco maus tratos; condições degradantes ou servidão por dívidas.
Escravo não é o médico que sai voluntariamente de suas fronteiras para trabalhar com pobres por ideais. Escravo é o povo a quem se promete o direito a saúde e se sonega médicos para concretizá-lo.
Nada mais revelador do que doutores cearenses se reunindo para xingar os cubanos recém-chegados de escravos.

A desfaçatez demonstra que na crítica às condições de trabalho não reside nenhuma solidariedade, apenas o pretexto de combater aquilo que incomoda a si mesmo.
Curioso é que a imprensa, sempre tão mordaz contra várias formas de corporativismo, tem sido condescendente demais com as manifestações dos conselhos de medicina.

A mais gritante delas beirou o absurdo e o ilícito: a ameaça nada velada de que médicos brasileiros não prestariam auxílio se um cubano tivesse problemas com um paciente.
O ressentimento fala por si só.

Quando médicos optam por combater médicos e não doenças, algo de muito grave se revela na saúde.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Avião Negreiro

Por: Eliane Cantanhêde 

BRASÍLIA - Ninguém pode ser contra um programa que leva médicos, mesmo estrangeiros, até populações que não têm médicos. Mas o meio jurídico está em polvorosa com a vinda de 4.000 cubanos em condições esquisitas e sujeitas a uma enxurrada de processos na Justiça. 
A terceirização no serviço público está na berlinda, e a vinda dos médicos cubanos é vista como terceirização estatal --e com triangulação. O governo brasileiro paga à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que repassa o dinheiro ao governo de Cuba, que distribui entre os médicos como bem lhe dá na veneta. 
Os R$ 10 mil de brasileiros, portugueses e argentinos não valem para os que vierem da ilha de Fidel e Raúl Castro. Seguida a média dos médicos cubanos em outros países, eles só embolsarão de 25% a 40% a que teriam direito, ou de R$ 2.500 a R$ 4.000. O resto vai para os cofres de Havana. 
Pode um médico ganhar R$ 10 mil, e um outro, só R$ 2.500, pelo mesmo trabalho, as mesmas horas e o mesmo contratante? Há controvérsias legais. E há gritante injustiça moral, com o agravante de que os demais podem trazer as famílias, mas os cubanos, não. Para mantê-los sob as rédeas do regime? 


E se dez, cem ou mil médicos cubanos pedirem asilo? O Brasil vai devolvê-los rapidinho para Havana num avião venezuelano, como fez com os dois boxeadores? Olha o escândalo! 
O Planalto e o Ministério da Saúde alegam que os cubanos só vão prestar serviço e que Cuba mantém esse programa com dezenas de países, mas e daí? É na base de "todo mundo faz"? Trocar gente por petróleo combina com a Venezuela, não com o Brasil. Seria classificado como exploração de mão de obra. 
Tente você contratar alguém em troca de moradia, alimentação e, em alguns casos, transporte, mas sem pagar salário direto e nem ao menos saber quanto a pessoa vai receber no fim do mês. No mínimo, desabaria uma denúncia de trabalho escravo nas suas costas. 

fonte: blog Qual Caminho Seguir?

domingo, 4 de agosto de 2013

Câncer em lata: como batatas chips do tipo Pringles são feitas

O que chamamos de "batatas chips enlatadas" na verdade não vêm de batatas reais.


A Pringles (em um esforço para evitar os impostos cobrados contra "alimentos de luxo", como batatas fritas no Reino Unido), uma vez, chegou a argumentar que o conteúdo de batata em seus chips era tão baixo que tecnicamente não tinham batatas fritas.

Então, se elas não são feitas de batatas, o que são exatamente?

O processo inicia-se com uma pasta de arroz, trigo, milho, e flocos de batata, que são prensados na forma.

Esta substância semelhante a uma massa é, então, enrolada em uma folha ultra-fina cortada em formato de chips por uma máquina.

Um dos ingredientes mais perigosos em batatas fritas não é intencionalmente adicionado, mas é um subproduto do processamento.

A acrilamida, um causador de câncer e uma substância química potencialmente neurotóxica, é criada quando os alimentos ricos em carboidratos são cozinhados em altas temperaturas, sejam cozidos, fritos, assados ou tostados. Alguns dos piores produtos incluem batatas fritas, mas muitos alimentos cozidos ou processados em temperaturas acima de 100°C podem conter acrilamida. Como regra geral, o produto químico é formado quando o alimento é aquecido o suficiente para produzir uma superfície relativamente seca e castanha / amarela.

O limite federal de acrilamida na água potável é de 0,5 partes por bilhão, ou cerca de 0,12 microgramas em um copo de 230 ml de água. No entanto, uma porção de 170 ml de batatas fritas pode conter 60 microgramas de acrilamida, ou cerca de quinhentas vezes acima do limite permitido.

Da mesma forma, batatas fritas possuem notoriamente índices elevados deste produto químico perigoso. Tão elevado, de fato, que, em 2005, o estado da Califórnia processou os fabricantes de chips de batata por não alertarem os consumidores da Califórnia sobre os riscos para a saúde de acrilamida em seus produtos. Um acordo foi alcançado em 2008, quando a Frito-Lay e vários outros fabricantes de chips de batata concordaram em reduzir os níveis de acrilamida em suas fichas para 275 partes por bilhão (ppb) em 2011, que é baixo o suficiente para evitar a necessidade de um rótulo de advertência de câncer.

Cuidado: Batatas chips assadas podem ser piores do que fritas!

Lembre-se de que a acrilamida é formada não só quando os alimentos são fritos ou grelhados, mas também quando eles são assados. E de acordo com os dados da Food and Drug Administration (FDA) sobre os níveis de acrilamida nos alimentos, os chips assados podem conter mais de três vezes do que o nível de acrilamida em batatas fritas normais!

A acrilamida não é o único composto genotóxico perigoso formado quando o alimento é aquecido a altas temperaturas.

Um longo projeto da União Européia de três anos, conhecido como Tóxicos Alimentares Gerados Por Calor (HEATOX), cujos resultados foram publicados no final de 2007, encontrou mais de 800 compostos induzidos pelo calor, dos quais 52 são potenciais cancerígenos. Além de sua constatação de que a acrilamida realmente representa uma ameaça à saúde pública, os cientistas da HEATOX também descobriram que você está muito menos propenso a ingerir níveis perigosos da toxina quando você come alimentos caseiros, comparados aos industriais ou a restaurantes de alimentos preparados.

Além disso, os resultados também sugerem que, embora existam formas de diminuir a exposição à acrilamida, ela não pode ser completamente eliminada.

Como evitar toxinas induzidas pelo calor na sua dieta?

Idealmente, você deve consumir alimentos que são crus ou minimamente processados para evitar esses tipos de subprodutos tóxicos. Quanto mais crua a comida, melhor. Pelo menos um terço de seus alimentos devem ser consumidos crus.

Além de criar subprodutos potencialmente tóxicos, cozinhar e processar também esgota os micronutrientes valiosos da comida, o que é outra razão para comer tanta comida crua for possível.

Ao optar por alimentos que irão beneficiar a sua saúde, como vegetais crus, de preferência orgânicos e / ou produzidos localmente, carnes orgânicas alimentadas com capim, óleos saudáveis, laticínios crus, nozes e sementes, você pode alterar a sua saúde para melhor. Estes são os alimentos que são verdadeiramente naturais, e muito fáceis de preparar.

Fonte: Real Farmacy

sábado, 27 de julho de 2013

Virar americano 'faz mal para a saúde'



Um número crescente de pesquisas científicas estão chegando a uma conclusão que vai no sentido contrário da filosofia do "sonho americano": virar americano pode fazer mal para a saúde dos imigrantes.
Grafite de rua
Os americanos de origem hispânica vivem em média três anos a menos que a geração dos seus pais. E a expectativa dos imigrantes originais é reduzida quanto mais tempo eles passam nos Estados Unidos.
A explicação pode estar no estilo de vida, diz o correspondente da BBC Brasil em Washington, Pablo Uchoa. Mas pode ser também uma questão de atitude.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Democracia: modos de usar

Pra quem acredita que vivemos num País democrático eis um texto interessante que pode servi de base para rever os conceitos.
ByPri 






A CANAILLE toma as ruas, faz terrorismo guarani-kaiowá e pede que o estado seja democrático e conceda passe-livre. O estado democrático, por sua vez, eleito pelos mesmos sacripantas que hoje tomam as ruas, faz valer o poder coercitivo supostamente assinado por vocês e por nós outros naquele suspeitíssimo negócio que chamam de ‘contrato social’ (nunca vi) e solta os cavalos e desce os porretes. A imprensa mainstream – uns poucos contra, outros muitos a favor da balbúrdia – denuncia que o estado democrático não foi democrático de verdade quando soltou os cavalos e desceu os porretes. E cobra democracia. E nós outros sabemos, ou deveríamos saber, que pedir democracia é pedir para apanhar.

Você divide seu voto por, quantos?, cento e não sei quantos milhões. Seu voto vale zerozerozerozerozero-etc-um. Não vale nada, enfim. Daí você pede, chora, sapateia: passe livre, direito de ser vadia e não ser tratada como puta, direito de ser puta e não ser tratada como vadia, divórcio, casamento gay, divórcio gay, aborto, adoção gay, meia entrada pros, aspas, estudantes, lei não sei das quantas que garanta que a meia entrada dos, aspas, estudantes não atrapalhe o orçamento dos artistas (com ou sem aspas), e bolsa isso e bolsa aquilo, que o estado permita, que o estado proíba, que o estado ao menos prometa que vai pensar, que o estado discuta relação e tudo o mais que lhe der na veneta. Democracia é realismo fantástico.

O estado democrático faz o que? Atende seus pedidos. Daquele jeito dele, sabe-se bem, mas de algum modo ele atende. E seus representantes dizem na tv que você é um cidadão e tem de votar. O cidadão acredita piamente nos milagres do sufrágio universal e digita os números do celerado da vez e da camarilha correspondente. O celerado da vez, para ser eleito, promete aquelas coisas todas que já se sabe quais são, mais algumas outras que nem sequer foram cogitadas, e diz que pretende ‘aprofundar a democracia’. E você fica feliz.

Mas aqui começam os problemas. O estado, para atender às demandas, meu caro eleitor, manda mais e mais em você e se mete mais e mais na sua vida. E não porque ele seja necessariamente mau. Mas é sua natureza, seu modus operandi: para cumprir o que se espera o estado tem de crescer, tem de ampliar seu campo de atuação e dilatar e estender o alcance de suas competências.

Ele passa a ter mais poder – que lhe foi outorgado – justamente porque você, que o sustenta, quer ter mais poder. O estado tira mais do seu dinheiro, diz o que é moral você fazer ou deixar de fazer, regulamenta cada ato, cada falta de ato. Se a bancada evangélica ou cristã é maior, durante quatro, oito, doze anos veremos uma atuação política toda cheia de preocupações com a moral e os bons costumes (farisaica). Mas os cristãos, ficamos felizes. O problema é que quatro, oito, doze anos mais tarde tipinhos inacreditáveis como Jean Wyllys chegam ao poder – legitimamente, considerado o sistema representativo – e temos então a bancada gay, o discurso gay, as preocupações gays.

Se o estado serve para alguma coisa (e não estou certo sobre), serve precisamente para equalizar as relações entre os cidadãos – à parte todo o peso de suas diferenças – perante a lei e o direito. Se o estado serve para alguma coisa, serve como arcabouço jurídico que garanta a isonomia, a equanimidade nos julgamentos.

Esperar do estado muito mais do que isso – salvo em questões emergenciais – é esperar que os pretendidos direitos e mimos que você exige compensem as restrições progressivas à sua liberdade. Nunca compensam. E a quem você vai reclamar quando o estado suprimir suas liberdades (voltar ao início do texto: ‘faz valer o poder coercitivo etc’)? Ao estado novamente, para que seja mais democrático e mais isso e mais aquilo. Samsara.

Precisamos de menos estado. Precisamos de menos democracia – muito menos democracia – e mais civilização. Democracia é só um arranjo muito vagabundo que de uns tempos pra cá nós enfiamos na cabeça que é a única coisa que funciona. E não é. Mas dá preguiça pensar, não é mesmo? Democracia é passe-livre. Mas também é gás-pimenta.

sábado, 22 de junho de 2013

Enquanto isso no Ex-País do Futebol...

Estimados leitores antes de mais nada saibam que sou grata a todos vocês que por aqui passam e prestigiam este blog!
Agora vamos vamos falar dos últimos acontecimentos:
Primeiro quero dizer que na semana passada eu pude acompanhar de perto um grupo de manifestantes  e  pude ter a certeza  que finalmente as pessoas estão acordando e mesmo sem saber exatamente que rumo toda esta situação vai tomar ao menos estão clamando pelos seus direitos. Eu não imaginei que isto fosse acontecer da forma que foi e com a proporção que um simples manifesto por conta do aumento do transporte se torna-se algo maior. Por isso eu digo Até que Enfim,finalmente o povo brasileiro resolveu se unir e ao menos por algumas horas falar a mesma linguá. Língua estas que juntas clamaram por tudo que é de direito depois de anos seguidos de manipulação, de roubos e altos impostos o povo finalmente acordou.
Ainda a muito pra se manifestar, pois como já foi dito vai muito além de 0,20 centavos.A jornada apenas começou e eu realmente espero que não pare por aqui, a muito tempo ouvia as pessoas reclamando entre si e sempre me perguntei: Quando será que as pessoas iram parar de reclamar e ir pra cima dos canalhas que fazem  deste Pais ser a pobreza que é? E agora tive o prazer de ver isto acontecer,por isso eu digo tem que ir pra cima de todos eles bando de safados,corruptos,mentirosos.Os absurdos são tantos que chega dar nojo .
Outro dia  li que a Dilma assinou um texto dando direito ao Bolsa -Copa para os servidores federais e os oficiais das Forças Armadas assistirem aos jogos da Copa das Confederações,já não bastasse o custo de toda essa palhaçada bancada pelo povo ainda vemos os parlamentares passeando as custas de quem? Do povo claro, ora essa quem mais pagaria está conta?E ainda dizem que sou anti-patriota a verdade é que não se trata de ser ´patriota ou não pois o que realmente importa é que estamos todos juntos no mesmo barco rumo a um destino incerto e a única certeza que temos é a de que se as pessoas não começarem a se mobilizar nada vai mudar.

Tem muita gente por ai falando asneira como por exemplo foi o Jogador Ronaldo com sua frase infeliz referindo-se ao fato de que não se faz Copa com Hospitais. Veja o Vídeo deste Pai indignado  que contrasta com as palavras alienadas do Ronaldo. E sem deixar de mencionar as palavras fatídicas dita pelo Pelé  que aborreceram muitos internautas inclusive a mim.



 É lamentável o ponto que algumas pessoas chegam por conta do seu egoismo e pela falta de noção do que acontece com as pessoas ao redor. Existe milhares de pessoas que assim como o Ronaldo  e o Pelé pensam que o mundo se resume em suas atividades medíocres como se não existisse mais nada além de suas vidas patéticas e estereotipadas. E quanto a este Pai só resto o lamento e a dor de saber que todo o dinheiro que foi gasto com a Copa serviria para dar melhores condições de vida pra sua filha, que assim como muitas outras crianças são vitimas do Descaso, da  Impunidade e Desrespeito.

Pri

terça-feira, 11 de junho de 2013

Turismo da miséria virou negócio nos últimos vinte anos.

Lucas Mendes: Do Bronx à Rocinha, via Dharavi

 

"Não vá ao Rio. Cidade do crime", você vê na internet. "Cidade de estupros de estrangeiras, de bandidos adolescentes impunes." A mensagem é longa e detalhada.
Verdade? Quem manda as mensagens? Não importa. O Rio assusta. São Paulo também. BH também. O nordeste mais ainda. Brasília? Capital do sequestro. O Sul, abaixo de São Paulo, que era segurança maravilha, hoje é destaque nas manchetes do crime.

Neste fim de semana, em Nova York, uma campeã na redução de crimes violentos, foi batido um recorde negativo. Vinte e cinco pessoas baleadas com seis mortes em menos de 48 horas, entre eles uma menina, Tutu, de 11 anos, ferida no pescoço na porta da casa dela durante um tiroteio de gangues. A bala foi parar na espinha. Tutu está paralítica.

Sara, outra adolescente, atingida em outro tiroteio, sábado, no bairro do Bronx, hoje é uma heroína dos jornais. Quando viu que todos correram e o carrinho da criança ficou abandonado na calçada, ela saiu em socorro e foi baleada. Ela se recupera de um ferimento na perna.

Apesar do número recordista de violência armada em muitos anos, maio mantém a escrita de violência em queda. Desde 1964, é o maio menos sangrento de Nova York. Nova York ainda tem crédito no banco da segurança.

A manchete maior na queda do crime vem de Chicago, que liderava o país em guerras de gangues. Queda de 35% desde janeiro. A ação da polícia começou com a morte de uma adolescente num tiroteio de gangues. Haydee Penbertom, de 15 anos, uma estudante brilhante, boa filha, sem conexões com bandidos.

Os protestos dos vizinhos mexeram com a polícia que, numa operação parecida com as UPPs, despachou 400 policiais para ocupar as vinte áreas mais violentas da cidade. Além do número, o impacto das câmeras pela cidade foi decisivo.

Nenhum bairro americano se compara ao Bronx, de Nova York, em fama de violência, destruição e decadência. No passado. Outras cidades podem ser mais perigosas, mas em Nova York tudo é multiplicado pela mídia. Mais da metade do Bronx foi destruída em incêndios criminosos. Não é exagero. Mas quando uma companhia de turismo lançou a excursão "venha conhecer o verdadeiro Bronx", inspirado em tours das favelas do Brasil, Índia e África do Sul, o ônibus com os turistas foi parado, expulso do bairro e as excursões foram canceladas.

Até agora ninguém reclamou da falta de liberdade de expressão.
O ônibus deu azar. Chegou no Bronx no dia de uma festa popular em que a população comia, bebia e festejava as conquistas culturais e a história do bairro.

Por pouco, os turistas não tiveram um verdadeiro momento Forte Apache, Bronx, o filme que chocou o mundo e transformou o Bronx num símbolo da decadência do capitalismo.
Naquela época, os americanos não queriam esconder a vergonha do bairro. Pelo contrário. Em 77, o presidente Carter percorreu o Bronx para mostrar as feridas sociais. Três anos depois, o rival Ronald Reagan voltou lá para mostrar que Carter não tinha mudado nada.

A tragédia continuava do mesmo tamanho. Virou material de propaganda na campanha política: "Veja a miséria do Bronx". Hoje, os moradores querem esconder o passado e promover o futuro.
O Bronx melhorou, e muito. Hotéis de luxo estão em construção, centenas de lojas, entre elas cadeias finas como Macy's e Target. Trump constrói um campo de golfe com padrão internacional. Para os líderes do Bronx, é urgente separar as palavras "Bronx", "incêndio" e "drogas". Mas ainda há pobreza e a rica história da violência.

Só fui à Rocinha uma vez, num evento promovido pela BBC. A intenção era mostrar um bairro em recuperação econômica e social. Foi em meados de 90 e foi tranquilo.

Muito antes, quando era guia, quase fui lá a pedido de um casal de turistas franceses. Tinha acabado de chegar ao Rio, mal sabia o que era zona sul ou zona norte, precisava de dinheiro para pagar o curso e as contas. Pintou uma vaga de guia de turismo da empresa USE. Eu falava inglês, o francês não era ruim e queria conhecer o Rio. Não escondi minha ignorância, mas isso não era problema, me explicou o chefe.

"Você passa uma semana fazendo os tours com outros guias, estuda um pouco e pronto."
Foi uma boa experiência, mas não havia excursão para as favelas do Rio. Quando passei o pedido do casal francês para o diretor, ele respondeu: "Turismo na favela? Nem pensar".

Cheguei a fazer uma conexão na Rocinha para uma viagem de táxi, mas o casal já tinha feito compromisso para subir outra serra e passar o dia com nossa família imperial.

Turismo da miséria virou negócio nos últimos vinte anos. A empresa Reality Tours and Travel fatura nas excursões de Dharavi, em Mumbai, cenário do filme Slumdog Millionaire. "Favela 5 estrelas", diz o promotor das excursões, "com 700 mil residentes, 11 mil comerciantes e , entre os miseráveis, um punhado de milionários". Não tem gangues, mas tem estupradores.

Qualquer turista vítima de crime no Brasil pré-Copa e pré-Olimpíada, vai ser notícia de destaque. A americana estuprada no ônibus no Rio e o alemão baleado na Rocinha vão provocar outros alertas como o "não vá ao Rio do crime", mas o que mais afasta turistas do Brasil ainda é a combinação preço-bagunça.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Governo prepara lançamento de programa para ‘importação’ de médicos

Quando pensei que este assunto já tinha caído nos meandros do esquecimento eis que surge novamente o fantasma em questão que é a  importação de profissionais da Medicina. O que seria apenas especulação segue uma rota de  realidade triste e lamentável, dado o fato de que por aqui existem,na minha opinião um certo  "numero" de  profissionais que se empenham de corpo e alma pela Medicina.
Não estou aqui defendo nenhuma classe desses profissionais seja Brasileiros ou Estrangeiros por que no final todos tem um fato em comum: Precisam de Trabalho!
E além disso uns dos grandes problemas dos médicos Brasileiros é o Acomodatismo vemos isso pelo grande numero de pessoas que morrem por puro descaso de médicos. Todos os dias erros são cometidos em hospitais pelo Pais a fora. Resta saber se os recém  profissionais importados  iram se empenhar em ajudar o tão já sofrido povo Brasileiro...Eu acredito que dentro desta situação nada mudará.
By`Prila
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O governo está finalizando os últimos detalhes para o lançar o programa  que autoriza a contratação de médicos estrangeiros no Brasil. A iniciativa vem sendo negociada há vários meses pelo Ministério da Saúde, comandado pelo pré-candidato ao governo paulista Alexandre Padilha.
A proposta passa pela validação dos diplomas de médicos estrangeiros no País. O governo está de olho, por exemplo, na contratação de profissionais portugueses. A avaliação que se faz no ministério é a de que esses profissionais são altamente qualificados e estão em busca de uma oportunidade de emprego diante da crise econômica em seu país.

OBS: Mais triste ainda é  fato para aqueles que estão em curso de se formar em medicina gastando todos os poucos recursos pagando  uma faculdade vendo ruir seu futuro promissor. Trágico,muito trágico. 

sábado, 20 de abril de 2013

Voltemos a Escória...Politica Norte Americana e o Extremismo Sionista

Estimados leitores após uma breve pausa aqui estou novamente e como de costume mais uma vez sou grata a todos aqueles que prestigiam este blog.
Hoje trago para compartilhar convosco 2 Videos. Neste primeiro Vídeo podemos nos certificar de como os Judeus nos vêem como Gado ou na forma de "Jumentos" pois se um desses "jumentos" vier a morrer em pleno trabalho é prejuízo pois nele foi investido muito dinheiro.


Neste 2 Vídeo Louis Farrakhan explica como os EUA destabiliza outros países usando de meios sórdidos e asquerosos para cumprirem suas metas, e com isso levando a população a crerem que os fins justificam os meios.


Assistam aos Videos  lembre-se que: Consciência é o que todo ser humano deveria ter de melhor, pois é a partir daí que seu caráter inspirará a formação de outras virtudes.

Atenciosamente:ByPrila


Agradecimentos ao Blog Qual Caminho Seguir?

domingo, 17 de março de 2013

O Consumo Excessivo


 Por Octopus

Um dos muitos problemas desencadeados pela sociedade de consumo é o individualismo que cria. Os indivíduos gastam o maior parte da sua vida a acumular rendimentos, pelo trabalho, para depois os gastarem no consumo desenfreado de bens materiais. Nestas etapas, o individuo perde, quase por completo, a noção comunitária.
Na ânsia de satisfazer cada vez mais as suas necessidades, e frequentemente as ultrapassar, o individualismo torna-se palavra de ordem, sendo "o outro" visto como um adversário directo, perdendo-se as relações interpessoais.

A base da sociedade de consumo, é a criação no indivíduo de uma necessidade para que este adquira um determinado bem a todo o custo, mesmo que este não lhe seja indispensável. Essa necessidade é apresentada como fundamental para que o indivíduo tenha a sensação de pertença, de estima e de realização na sociedade onde se encontra inserido.
Nesse contexto, cada novo produto vem preencher um vazio, vazio esse que não existia alguns meses antes e que não era tido como essencial, injetando uma sensação de felicidade, mas também criando uma nova sensação de vazio perante outros produtos que ainda não foram adquiridos.
Para manter níveis de satisfação elevados, os indivíduos são levados pela publicidade a consumir produtos colocados no mercado a uma velocidade desconcertante, tornando os que já temos desactualizados ou obsoletos. O único momento de felicidade na compra de um qualquer objecto, torna-se assim, sobretudo se for compulsivo, o momento da sua compra.,
A solução não é ser-se extremista e deixar de consumir, voltando à idade da pedra. O progresso realizado pelas nossas sociedades permitiu aquirir objetos que simplificam muitas tarefas diárias. O que temos de ter consciência é que a felicidade a longo prazo é constituída por fontes que se perderam, como os encontros, as emoções, as alegras, as dores, os medos, as descobertas.
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Os bens de consumo não nos fazem sentirmos-nos vivos, têm tendência a esvaziar o nosso caractere e a nossa humanidade.