quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mundial e Jogos Olímpicos expulsam 170 mil brasileiros de Casa

Pelo menos 170 mil pessoas estão a ser desalojadas no Brasil para permitir a construção de estádiosestradas e hotéis para o Mundial-2014 e Jogos Olímpicos-2016.

Veja aqui  mais detalhes do Contador



O Brasil, país organizador do Mundial-2014 de futebol e dos Jogos Olímpicos-2016, está a apostar forte para brilhar na história dos dois maiores eventos desportivos à escala mundial: ampliação e modernização da rede de transportes públicos, melhoria nas infraestruturas urbanas, novas estradas, novos estádios e renovação de instalações desportivas já existentes.
Mas nem tudo o que reluz é ouro. O lado sombrio é que estas obras, em curso desde 2011 em 12 cidades brasileiras, estão a expulsar milhares de pessoas das suas casas e estabelecimentos comerciais, deitados abaixo de maneira arbitrária. 



Os desalojamentos e deslocamentos para permitir o levantamento de estádios, hotéis, condomínios de luxo, estacionamentos e estradas sucedem-se no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Recife, Natal, Salvador, Manaus, Cuiabá, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre, em nome da "revitalização" destas áreas que terão visibilidade durante os eventos.
A par dos protestos da população afetada, maioritariamente pobre, empurrada para casas na periferia, longe das suas redes de inserção económica, social e cultural e, via de regra, em locais carentes de serviços públicos, noutros casos compensada com indemnizações irrisórias (pelo valor construído do imóvel) ou simplesmente expulsa.  



Favelas Camufladas

O caso mais emblemático é o da favela do Metrô, no Rio de Janeiro, nas imediações do estádio do Maracanã, que será palco das cerimónias de abertura dos dois eventos desportivos. Com cerca de 40 anos de existência, a área ocupada pela comunidade faz parte do projeto Complexo Maracanã para o Mundial-2014 e vai dar lugar a um parque de estacionamento, conforme as exigências da FIFA.


 A Câmara do Rio de Janeiro deu um "prazo máximo de 0 dia(s)", em documento oficial, para a desocupação da comunidade.No ano passado, a favela da Maré, localizada entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim e a Zona Sul do Rio de Janeiro - foi cercada com um muro acústico. De acordo com o Observatório de Favelas, o ActionAid e o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Favelas e Espaços Populares, 73% dos moradores acreditam que o muro foi construído apenas para esconder a favela, fazendo parte do processo de maquilhagem do espaço urbano em virtude da realização do Mundial de futebol e dos Jogos Olímpicos.

Para mais esclarecimento assista aos Videos aqui


Nenhum comentário:

Postar um comentário